quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Algumas curiosidades sobre anfíbios



SABIA QUE…?


O nome anfíbio deriva do latim “anfi”, que significa dupla, e “bios”, que significa vida, e faz alusão ao facto das espécies deste grupo apresentarem durante o ciclo de vida uma alternância de fases aquáticas - nas épocas de reprodução - e terrestres – fora da época de reprodução.

A pele dos anfíbios é nua, desprovida de penas, pelos ou escamas possuindo várias funções como a respiração, a regulação hídrica e a protecção. O modo de respiração destes animais
é do tipo cutânea, ou seja, eles respiram pela pele. A maioria dos anfíbios começam suas vidas na água com brânquias e caudas em vez de pulmões e pernas.


Actualmente existem 6629 as espécies de Anfíbios descritas a nível mundial (fonte:
http://amphibiaweb.org) – é o segundo grupo mais pequeno de vertebrados. Os primeiros anfíbios com as características que hoje identificamos como típicas do grupo surgiram há cerca de 300 milhões de anos. Os anfíbios evoluíram de peixes com barbatanas carnudas (parecidas com pernas) e cabeças com formato diferente dos outros peixes há 350 milhões de anos.

Em Portugal ocorrem naturalmente 17 espécies de anfíbios que pertencem a duas das três ordens de anfíbios actuais - 11 espécies de rãs e sapos (Ordem Anura), e 3 de salamandras e 3 de tritões (Ordem Urodela).


Quando pensamos em anfíbios normalmente surge-nos a imagem de um sapo ou de uma rã mas estes constituem apenas um dos 3 grupos de anfíbios (o mais numeroso) –  Anuros, cujos adultos não apresentam cauda e possuem os membros posteriores mais desenvolvidos que os anteriores; existem ainda os Urodelos (Salamandras, Tritões) – os adultos têm cauda desenvolvida e membros anteriores e posteriores aproximadamente do mesmo tamanho; e os Ápodes – os adultos são desprovidos de patas e cauda (apenas existem nos trópicos).

Os anfíbios apresentam, em geral, um claro dimorfismo sexual, o que significa que os machos se distinguem morfologicamente das fêmeas – uma característica exclusiva dos machos de Anuros é a posse de sacos vocais que lhes permitem emitir vocalizações que utilizam para atrair as fêmeas e manter afastados outros machos.

A maioria das espécies de anfíbios são ovíparas – os embriões alimentam-se exclusivamente das reservas dos ovos que são depositados em determinados ambientes -, mas há espécies ovovivíparas – os embriões desenvolvem-se nos ovos no interior do organismo materno – ou vivíparas – os embriões desenvolvem-se no interior do organismo da progenitora que lhes fornece alimento directamente.

Os ovos são normalmente depositados em meios aquáticos ou com muita humidade e a época de reprodução em Portugal ocorre na Primavera e Outono, quando há maior pluviosidade e as temperaturas são mais amenas. As posturas dos anuros podem incluir vários milhares de ovos que formam um cordão, ou uma massa esférica, ou que são depositados isoladamente.


A vida da maioria dos anfíbios inclui várias etapas: dos ovos eclodem as Larvas que por metamorfose originam os Juvenis, muito parecidos com os Adultos a que dão origem.

Os anfíbios são ectotérmicos, não têm capacidade de produzir calor e por isso no Inverno, quando as temperaturas são muito baixas, algumas espécies podem apresentar períodos de inactividade – hibernação; igualmente, no Verão, em épocas de maior secura pode-se observar um período de ausência de actividade – estivação


Os anfíbios adultos alimentam-se de presas vivas, são carnívoros, normalmente invertebrados como os insectos, as aranhas, ou os moluscos. Para caçar os anfíbios recorrem sobretudo à visão embora algumas espécies como os tritões ou as salamandras utilizem também o olfacto.

Os anfíbios são presas de variados animais de maiores dimensões que incluem peixes (e: truta-de-rio), répteis (ex: cobra-de-água), aves (ex: cegonhas) e mamíferos (ex: lontra).


As cores vivas de certos anfíbios tropicais são um aviso aos predadores de que são tóxicos, mas os anfíbios podem adoptar outras estratégias anti-predatórias como o aumento de volume ou a emissão de sons intimidatórios, o mimetismo ou a fuga


Maior de espécies de anfíbios do mundo é a salamandra gigante chinesa com 1,8 metros de comprimento e pesa 50 kg, esta espécie ocupa um lugar importante dentro da cultura coletiva da China, onde foi apelidado de" peixe bebê por causa do seu grito de lamentação. O mais pequenos dos anfíbios é Paedophryne amauensis, descoberto em 2012 na Papua Nova Guiné. Além de reivindicar o título de "menor sapo do mundo", esta espécie também é a menor vertebrado conhecido com apenas 7,7 milímetros de comprimento. 


Os anfíbios são divididos em três grupos: sapos e rãs, salamandras e tritões e cecílias. Embora a maioria das pessoas está familiarizada com essas duas primeiras categorias, poucos encontram cecílias (a menos que sejam especificamente procurado). Grandes, anfíbios, assemelhando-se de minhocas, caecilians passam a maior parte de suas vidas subterrâneas escavando através do solo.

Devido a sua pele permeável e dependência de condições ambientais limpas para a reprodução, os anfíbios são vistos como indicadores ecológicos cruciais. Anfíbios respiraram e bebem com a sua pele, por isso desenvolveram resistências a inúmeras bactérias e a outros riscos ambiente. Mas, quando confrontados com produtos químicos sintéticos, eles ficam indefesos, sendo assim os anfíbios são os primeiros a detectar a existência de poluição, que afectará posteriormente os restantes seres vivos.

Os cientistas estimam que um escalonamento de um terço à metade de espécies de anfíbios conhecidas da Terra poderia muito bem ser extintos a médio prazo. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, pelo menos 42 por cento de todos os anfíbios estão em declínio na população, em oposição ao um por cento das espécies de anfíbios que apresentaram aumento da população. A perda de habitat, alterações climáticas e epidemia de doenças fúngicas são as principais causas deste problema.




Fonte: Mais que curiosidades, Naturlink, Canal Natureza, Amphibiawe

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